Um estudo publicado na revista Land Use Policy aponta que o Cadastro Ambiental Rural (CAR) tem sido utilizado para grilagem nas terras do sul do estado do Amazonas.
A reivindicação do CAR está ligada a alta de desmatamento nas cidades estudadas, registros ilegais e presença de rebanhos bovinos.
Com histórico de presença em Terras Indígenas e Unidades de Conservação (UC), o estudo aponta que o CAR hoje é ferramenta de grilagem por não considerar as populações tradicionais, como os quilombolas.
Invisibilizadas, se tornam mais suscetíveis as investidas de atividades predatórias ilegais, pondo em risco a vida e a preservação da sua identidade.
Interesses privados não apenas reinvidicam terras públicas não designadas, mas também terras tradicionais de indígenas, quilombolas, ribeirinhose áreas alocadas pelo governo para a conservação da biodiversidade.
A investida rompe com diversas leis, como o artigo 4º da Lei 11.284/2006, que institui o Serviço Florestal Brasileiro e que sentencia que as:
“áreas públicas só podem ser designadas para a criação de unidades de conservação, comunidades extrativistas, não podendo se transformar em empreendimentos agrícolas comerciais”.
A mensuração do estudo aponta que a maior parte das áreas de propriedades individuais com CARestão em desacordo coma legislação brasileira.