No Paraná, pulverização aérea de agrotóxicos contamina produções agroecológicas
Monoculturas de soja e cana-de-açúcar, em especial, usam a pulverização aérea de agrotóxico em suas lavouras. Mas essa aplicação acarreta perda de 10 a 70% dos produtos aplicados.
Segundo estudos*,
a depender da temperatura, umidade relativa do ar e ventos,
os agrotóxicos podem chegar até32 quilômetros do local da aplicação.
* PEVASPEA (Plano de Vigilância e Atenção à Saúde de Populações Expostas aos Agrotóxicos do Estado do Paraná).
Essa distância equivale a maisde 50 Burj Khalifa,o maior edifíciodo mundo
A atividade de dispersão aérea de agrotóxicos é proibida na União Europeia desde 2009, mas por aqui a prática é responsável por dispensar 23%
dos agrotóxicos extremamente tóxicos nas plantações de cana e 30% dos mesmos nas de soja.
Não à toa, o Paraná é o 1º estado no ranking de notificações por intoxicação de agrotóxicos agrícolas de 2007 a 2018*. De 2015 a 2019, foram registrados, 1.717 casos de intoxicação por agrotóxicos relacionado ao trabalho**.
*Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
**SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação)
A média anual éde 343 ocorrências, quase uma por dia.
O que pode ser feito para mudar esse cenário? Conversamos com produtores locais e especialistas no tema.
Veneno No Ar: No Paraná, Casos de Contaminação Por Agrotóxicos Chega a Quase Um Por Dia