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cânhamo têxtil

Pesquisa “Fibras Alternativas: Cânhamo” Avalia a Sustentabilidade do Cânhamo Têxtil

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Dando sequência ao relatório Fios da Moda: Perspectivas Sistêmicas Para Circularidade, a 1ª parte do especial Mini Reports olha para uma das alternativas ao algodão, o cânhamo. Conhecido (e marginalizado) por ser a planta da maconha, a versatilidade da fibra se mostra atraente tanto para o meio ambiente quanto para a aderência em diversos solos. Analisamos sua produção atual e as possibilidades de utilizarmos o Cânhamo têxtil para uma moda mais sustentável.

Este mini relatório sobre cânhamo têxtil disponibilizado em formato digital é o início de uma busca de alternativas mais sustentáveis para os têxteis e a indústria da moda. Seguindo dados já apresentados pelo relatório Fios da Moda: Perspectivas Sistêmicas Para Circularidade, reconhecemos os impactos socioambientais das principais fibras utilizadas na indústria da moda brasileira: o algodão, a viscose e o poliéster. A partir da metodologia da Análise de Ciclo de Vida (ACV) pudemos compreender os trade-offs das fibras, assim como sua complexa rede e principais problemáticas do início ao fim de vida. 

Com esse intuito, o passo seguinte foi entender quais alternativas temos atualmente e como elas podem se projetar no futuro de forma mais sustentável. Nesse primeiro e-book, falamos do cânhamo têxtil, uma fibra proveniente da espécie de planta chamada Cannabis Sativa, também conhecida popularmente como maconha. A Cannabis é encontrada em registros de até 8.500 anos atrás e o cânhamo teve destaque ainda na era das navegações e colônias portuguesas. 

Sua decadência começou a partir do século XIX, com a invenção da colheitadeira mecânica de algodão, que tornou a fibra mais barata e mais atrativa. Com a chegada da era do petróleo, na década de 30, começou-se, também, a utilizar fibras artificiais de forma massiva, como o náilon. Na mesma época, nos Estados Unidos, o cânhamo foi oficialmente banido pela sua ligação com a Cannabis, por meio da lei Marijuana Tax Act. Não, não é possível fumar cânhamo, mas a ciência teve pouco peso nesse momento de marginalização. 

Por conta de grande parte da legislação mundial não fazer distinção entre a Cannabis rica em THC – principal composto psicoativo da planta – e o cânhamo, a fibra ainda está engatinhando no mercado têxtil, respondendo por apenas 0.2% do mercado total de fibras em 2020. Entre os principais produtores estão: China, Chile e França. O Brasil tem feito avanços na legislação para o uso da planta para fins alimentícios e medicinais, como o PL 399/15, aprovado em junho de 2021. 

Fibras Alternativas: Cânhamo

No mini report, você encontra uma breve introdução histórica sobre a fibra; suas principais características e usos possíveis; o que a torna mais sustentável; os desafios e oportunidades para o cânhamo têxtil, aqui abordando os principais ônus ambientais, os mercados e potencial de crescimento e sua presença na América do Sul, e um papo sobre sua ligação com a Cannabis e a legalização da planta em solo brasileiro. 

O material conta com uma rica bibliografia, além de entrevista com os especialistas: Francesco Mirizzi, conselheiro de políticas sênior da European Industrial Hemp Association (“Associação Europeia de Cânhamo Industrial”, em tradução livre), Yeny Jimenez, criadora da HempFull Colombia, Patricia Motta, diretora criativa e fundadora da marca uruguaia Cañamama e a bioengenheira e pesquisadora Katrien Vandepitte. O texto de introdução foi escrito por Fernanda Simon, diretora do Instituto Fashion Revolution e o posfácio é de Eduarda Bastian.

Pela primeira vez, o Instituto Modefica apresenta um material inédito, em formato Kindle, pdf para visualização digital e para impressão. O material é gratuito para quem apoia de forma recorrente o Instituto Modefica. Você pode fazer o seu apoio recorrente aqui. O mini report também pode ser comprado individualmente aqui. Todo o valor da venda é revertido para remuneração das profissionais envolvidas na produção do material e para arcar com os custos estruturais do Instituto. 

Acesse o mini report aqui e compartilhe com as #fiosdamoda e #fashionthreads

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