A Rhodia, empresa produtora de fios para tecidos, em parceria com a Renata Abranchs, consultora de tendências, está lançando o movimento #feitonoBrasil, que visa promover e incentivar a moda brasileira. A campanha busca resgatar o orgulho e incentivo à produção nacional e viralizar o debate da importância das roupas feitas aqui, dentro do nosso país. O lançamento acontecerá em forma de roda de conversa, nessa quinta-feira, 30, no Rio de Janeiro, e em São Paulo, no dia 11 de novembro.
No Rio de Janeiro, o debate sobre o #feitonobrasil acontecerá na primeira hora do Encontro de Moda, às 8h30, e reunirá formadores de opinião da moda como François Morillion, CEO da Vert e marcas como Maria Filó, Mocha e representantes da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção). Já em São Paulo, o encontro contará com a presença de Rony Meisler da Reserva, Ronaldo Fraga e Fernando Pimentel da ABIT.
A parte interessante para nós, consumidores, é que todas as marcas presentes no evento poderão “taguear” uma peça produzida inteiramente no Brasil dentro de suas coleções. Então a tag #feitonobrasil na peça vai nos dar certeza que a peça não foi importada, garantindo assim todo o funcionamento da indústria têxtil nacional e do mercado. E essa identificação deve se expandir de acordo que o movimento for crescendo.
A segunda etapa do projeto consiste no desenvolvimento de ações criativas capazes de sensibilizar o público final da cadeia de moda como vídeos junto às marcas brasileiras e seus embaixadores. A ideia de realizar o #feitonobrasil é começar um movimento de conscientização e união de toda a cadeia produtiva. A produção local é vital para a sobrevivência da moda brasileira, mas requer colaboração de todos para se tornar maior e motivo de orgulho.
“Acreditamos em uma moda brasileira, autêntica e possível, pensando em toda cadeia com design, tecnologia, modos de produção e qualificação de pessoas. O debate de ideias é capaz de promover mudanças significativas, criar novas soluções e aproximar a indústria”, afirmou Renato Boaventura, diretor da Rhodia Fibras.
Outra ação proposta é mapear o país ao longo de um ano para responder as seguintes perguntas:
– Do Acre ao Rio Grande do Sul, o que de fato é #feitonobrasil capaz de inspirar e transformar o seu entorno?
– Existe afinal um fazer de moda genuinamente brasileiro?
– Como é o processo criativo e o habitat das pessoas por trás desse fazer?
As respostas para estas reflexões serão ao fim do projeto reunidas em um livro sob o título de “#feitonobrasil – A Alma Encantadora da Moda”.
Pode parecer que esse movimento lançado pela Rhodia é igual ao #amomodaamobrasil lançado pelo São Paulo Fashion Week. Mas não é. O Amo Moda Amo Brasil tem mais a ver com incentivar marcas brasileiras, mesmo que muitas delas não produzam suas peças em território nacional. Nesse caso, a peça é idealizada no Brasil, por designers brasileiros que trabalham em uma empresa brasileira, mas sua produção pode ser 100% feita fora do Brasil. Já o #feitonobrasil busca garantir o que chamamos de “made local”, algo como produzido local.
Em época de eleição muito se falou sobre a indústria brasileira, sobre economia nacional, sobre o poder do nosso varejo. Pois bem, isso é algo que não depende única e exclusivamente do governo, depende de uma série de fatores, entre eles, a busca e o consumo do produto nacional. De forma rasa e simples, seria algo como: não adianta só reclamar do governo se você sempre dá preferência para produtos importados. A econômica depende da produção nacional, que para acontecer, lá na ponta final, depende do consumidor, ou seja, de mim e de você.
A produção 100% nacional é algo que buscamos incentivar e um dos pilares da moda que divulgamos por aqui. Consumir moda feita no Brasil é ajudar a indústria e a economia brasileira, e colaborar de forma direta para o funcionamento e aperfeiçoamento de toda a cadeia produtiva. Uma forma de comprar consciente que precisa se expandir e conquistar mais pessoas.
É importante lembrar também que essa não é a primeira ação da Rhodia que visa incentivar a força da moda nacional. A empresa vem investimento no Brasil já há algum tempo, principalmente na pesquisa e desenvolvimento de novas fibras na sede brasileira da empresa e firmando parcerias com importantes tecelagens e designers para lançá-las para o consumidor. Recentemente, a empresa se uniu a têxtil Canatiba e ao estilista Alexandre Herchcovitch para colocar no mercado o fio Emana®, e depois à tecelagem Santaconstancia e ao estilista Ronaldo Fraga para lançar a primeira linha de tecidos feita com a fibra Amni Soul Eco®, poliamida que se degrada mais rapidamente quando descartadas em aterros sanitários..
Nós estaremos na roda de conversa que lançará o movimento em São Paulo e falaremos mais sobre o #feitonobrasil. Mas você já pode participar e se envolver nessa ideia, sempre tagueando as roupas e peças genuinamente brasileiras!