A largada foi dada num encontro no Institut Français de la Mode na segunda-feira, 28, onde estavam presentes Frédéric Hocquard, vice-prefeito de Paris, Anne Hidalgo, encarregado da diversidade cultural e da vida noturna; Antoinette Guhl, adjunta de economia social e solidariedade, e Isabelle Lefort, ex-jornalista de moda.
O plano é que, durante os próximos cinco anos o Paris Good Fashion reuna diversos players da moda e os incentivem a trabalhar juntos para tornar a moda uma indústria mais responsável. As metas devem ser alcançadas em 2024, quando a capital francesa sediará os Jogos Olímpicos.
“Paris Good Fashion é uma comunidade aberta que reune profissionais de moda, marcas, empresários, designers e especialistas que trabalharão juntos para estabelecer um roteiro dos passos que podem ser tomados para fazer de Paris a capital sustentável da moda”, disse Lefort.
A prefeitura de Paris, o IFM, a Fédération de la Haute Couture et de la Mode, a plataforma de criatividade Eyes on Talent, a Ellen McArthur Fundation e a incubadora Les Ateliers de Paris fazem parte da iniciativa, que tem apoio do grupo LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton e da Galeries Lafayette.
O roteiro de sustentabilidade de 2019, que deverá ser apresentado em junho, irá focar em três macrotemas: economia circular; melhorar a rastreabilidade e os fornecedores tercerizados; e tornar alguns processos mais eficientes e sustentáveis como distribuição, energia e comunicação. Essa último tema também inclui a Paris Fashion Week.
“Quando comecei na moda há 20 anos, ninguém falava sobre sustentabilidade”, disse Lefort, que em 1997 foi escolhido para ser o primeiro editor-chefe da revista de moda Jalouse. “Mas o mundo mudou: estamos em uma situação de desastre ecológico. Essa é uma grande preocupação para as gerações mais jovens, que estão apelando às marcas de moda para que mudem seus processos. Precisamos criar um diálogo entre esses dois mundos. ”
“É nossa tarefa inventar um novo futuro para a moda”, concordou Guhl. “Nosso papel é incentivar a criação enquanto lutamos contra a mudança climática, continuar a produção na França enquanto protegemos os recursos naturais e desenvolvemos nossa indústria enquanto procuramos por nossos artesãos. Espero que este dia marque o início de um movimento coletivo dentro da indústria da moda”.