Notícias como estas são um lembrete de que o preço não é uma indicação de que a pele que você está comprando é real ou não – a indústria chinesa de peles de cães e gatos derruba cada vez mais os preços dessa matéria-prima, que pode ser encontrada com certa abundância em barracas de mercado ou boutiques que vendem roupas e acessórios de pele a preços mais acessíveis. Apesar da importação de peles de cães e gatos ser ilegal nos Estados Unidos e União Européia [enquanto no Brasil a história é mais complicada], esse tipo de pele aparece regularmente no mercado, às vezes rotulado como pele sintética ou material sintético.
Então isso significa que você nunca mais pode comprar roupas e acessórios de pele falsa? Absolutamente. Existem vários indicadores que ajudam a distinguir a pele real da sintética, certificando-se de que sua próxima compra é realmente de pêlo falso e, portanto, não é um produto oriundo de sofrimento e exploração animal.
Os Três Testes Indicadores de Pele Falsa
1. O segredo está nas pontas.
Olhe cuidadosamente a ponta de cada pêlo em seu casaco. O pêlo do animal geralmente afunila no final, enquanto o pêlo sintético permanece a mesma largura. Porém, isoladamente, este não é um indicador infalível porque os pêlos podem ter sido cortados ou aparados. Nesse caso, a chance é que eles aparentem a mesma largura da raiz à ponta.
2. Verifique a base da peça.
A maneira mais certeira de ver se sua pele é real ou faux é olhando a base, onde o pêlo encontra o revestimento protetor. A pele sintética é costurado em um tecido de apoio, e você verá o trabalho de costura, enquanto a pele verdadeira tem um couro de apoio.
3. Faça o teste do isqueiro.
Herdou um casaco de pele de sua mãe e você não tem certeza se é real ou falso? Faça o teste de queima: retire alguns pêlos do casaco e queima com a ajuda de um isqueiro. A pele verdadeira queima da mesma maneira que o cabelo humano, fica com cheiro de “galinha queimada”, queima muito rápido e vira cinzas ao passo que a pele falsa tem um cheiro meio plástico e quando queimada forma um bolinha dura.
Em caso de dúvida, o nosso conselho é deixar a peça na prateleira – e tenha em mente que é importante deixar a loja ou empresa saber o porquê você não vai comprar a roupa, enviando assim a mensagem do não à pele de animais.
Fontes: PETA, Humane Society e The Dodo
Texto escrito por Sascha Camilli para Vilda Magazine e traduzido com autorização para o Modefica. Sascha é fundadora e editora da Vilda Magazine, é jornalista internacional de moda e especialista em Relações Públicas de ONGs e projetos sociais com uma paixão por ioga e viagens. Nasceu em Moscou e cresceu em Estocolmo, ela também morou em Los Angeles, Milão, Florença e Londres antes de chegar à sua cidade atual, Brighton, UK.